A intolerância humana é um assunto com o qual nos defrontamos a todo instante, no nosso dia a dia. A cada dia que passa mais me convenço que somos seres intolerantes: com o outro ao nosso lado, com nossa família, com nossos colegas de trabalho, com os desconhecidos do supermercado, do cinema, dos shoppings, da rua. A intolerância humana já foi, e é ainda hoje, a causa de muitas desavenças. Já provocou guerras, revoluções, verdadeiros massacres humanos. Somos intolerantes com aqueles que não pensam de forma semelhante a nós, com os que discordam ou nos contradizem, nos criticam. Somos intolerantes com a lentidão, sabedoria e a paciência dos idosos; com as brincadeiras, muitas vezes sem graça, de nossos colegas; com o trânsito lento e confuso; com um motorista que dirige mais devagar, em contraste com nossa pressa e queremos passar por cima, insultá-lo com um palavrão; intolerante com os horários de nossas crianças que, em geral, não combina com o nosso, elas sempre querem fazer as coisas nos horários mais impróprios, não é assim?; com uma vizinha ”perguntadeira”, enxerida; com o latido do cão do vizinho; com o barulho do som dos carros, dos bares, no fim de semana; com aquela maquina de lavar “rangedora” da chata da outra vizinha; do comentário descabido de uma colega; daquela mulher que insisti em vestir roupas inadequadas para sua idade (rsrs). Mas afinal, quem somos nós para julgar tanto as pessoas??!! Por que não conversar e tentar resolver algumas situações (soluções ao nosso alcance) e paramos tanto de reclamar? Por que arrastar tantas correntes, não é mais fácil tentar reverter a situação, procurar ver o lado bom das coisas, porque tudo tem um lado bom, nós é que insistimos em ver somente um lado: o nosso lado.
Tem segredo para conseguirmos ser mais tolerantes: nos colocarmos no lugar do outro. Não fazer ao outro o que não queremos que façam conosco. É simples assim!!!
A intolerância implica falta de respeito às idéias alheias, inflexibilidade, dureza de juízo.
São Luís, 19/10/2010.